Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Texto de Vinicius de Moraes
Às minhas amigas, a TODAS elas.
Jo
Feliz Dia das Amigas!
Desde que o Husband trabalha num hospital que, mês sim mês não, traz consigo para casa uma doença diferente. Ele já foram viroses dos mais variados tipos, constipações, tosses, gripes e afins. Entretanto, já lá vão 2 anos que ele anda nesta vida... E eu, tal qual a casinha do Bolota que se aguentava sempre de pé, até à data nunca tinha sofrido de nenhuma maleita!
A semana passada ele esteve constipado pela centésima quadrigésima segunda vez!!!!... E afinal parece que uma "melher"( embora às vezes pense que é) não é de ferro... Moral da história, estou feita num 8... Fungosa, fanhosa, ranhosa, com o "dariz" entupido... E (I have to admit) a ver o Husband um bocadinho d' atravessado.
Jo
Atchiiiiim!!!!
Sexta-feira é o meu day off! Sábado e Domingo também... Mas esses não considero verdadeiramente days off pois são dias de fim de semana. A Sexta sim, e que é por excelência o meu dia de folga e de lazeira. O Husband vai trabalhar e eu fico sozinha, dona e senhora da minha casa e do meu tempo. Abanco no sofá com o portátil e o controlo do TiVi bem à mão de semear... Blogo, leio emails, ponho escritas em dia... E vejo os "meus" morning shows que me trazem sempre surpresas agradáveis. Neste momento por exemplo, "tomo um café" com este senhor (ver foto abaixo), que transpira charme por todos os poros, enquanto "me fala" do seu último filme Extraordinary Measures, do seu filho, da sua paixão pela carpintaria e de outros detalhes interessantes da sua vida.
(Harrison Ford - imagem retirada da net)
Ai, ai, ele há definitivamente "coisas" que não tem idade...
Levantei-me eram 5h da matina e às 5.37, quando me preparava para ouvir as morning news ao mesmo tempo que bebia o meu café e comia a minha torrada com cream cheese, tudo parou!... O ecran do TiVi ficou negro e pronto, here we go again, mais um emergency alert por mor do mau tempo.
OK, pronto... Um aparte para dizer que sim, que tem chovido um bocado e que sim, até fez vento... Mas se eu vivesse nos Açores estes teriam sido apenas mais uns diazinhos de mau tempo em que toda a gente saía à rua e tranquilamente, por que não tem outro remédio, fazia a sua vidinha. Mas aqui não, os Californianos (do centro e sul) porque não estão acostumadinhos a intempéries, entram todos em paranóia quando faz, ou ameaça fazer Inverno... Ou Inverninho (que até fica feio chamar Inverno a isto!). Por estas bandas, na boca dos metereologistas, tudo são "sistemas", "tempestades" e outras palavras que nos fazem pensar que está para breve o Grande Dilúvio!...
Mas voltando aos emergency alert que passam na televisão, a verdade é que eu nunca percebo bem o que eles dizem porque a voz que os transmite é sempre tão distorciada que me põe é a pensar que se um dia os ditos me disserem para eu fugir que vem aí um tsumani , o mais certo é eu morrer afogadinha, sentada no meu sofá, a pensar mas afinal o que seria que aquele "tio amaricano" estava a tentar dizer.
Adiante, hoje no meio da conversa do homezinho da voz nasalada, eu sempre consegui decifrar as palavrinhas: severe thunderstorm e, Lompoc... ... E foi quanto bastou, pois a verdade é que esta que está aqui morre de pavor de relâmpagos e trovões!... Escusado será dizer que o meu juízo ficou logo tolhidinho de medo e eu comecei logo a "variar"... E agora como é que eu ia trabalhar? E como e que eu ia conduzir no meio de uma SEVERE THUNDERSTORM?!?!? E o gato? Não podia deixá-lo sozinho em casa?!!! Não! O gato ía comigo para a VIVA, que assim como assim lá tanto faz, mais gato menos gato... Ou então talvez fosse melhor mesmo era eu call in sick e ficar em casa, e mais o gato. Mas ficar em casa sozinha com o gato também não me parecia uma boa idéia... Talvez afinal o melhor fosse ir com o Husband para o trabalho... Eu, e o gato!... Enfim, o que posso dizer é que tudo passou por esta cabecinha apavorada pelo aparato do emergency alert.
Esperei... Tudo parecia calmo afinal... Ganhei algum senso, acalmei o que me pude acalmar, decidi que tinha mesmo de ir trabalhar, que não ia levar o gato comigo e que conduzir, inetitavelmente estava no meu futuro mais eminente... Mas com sorte conseguiria chegar ao meu destino antes da SEVERE tempestade se abater sobre Lompoc. E assim fiz. O Husband, contrafeito pois não percebe este meu pavor a thunderstorms, escoltou-me até ao carro... É que com ele ao meu lado sentia-me mais segura ao palmilhar os 2 metros que ficam entre a porta de casa e a do carro... Conduzi até ao meu local de trabalho toda contraída, sempre à espera de a qualquer momento ser fulminada... Rezei, consecutivamente, a Santa Bárbara (padoreira das severe thunderstorms) para aí durante 2 horas... E no fim disto tudo... Fez... Três trovões!! Três míseros trovõesinhos!... Can you believe?!!...
Ai, ai, ai... Estes Californianos e as suas previsões metereológicas!! I should know better...
Jo
Está a chover em Lompoc... E a previsão é para chover a semana toda!!!
Jo
Vôos Regulares
Academia do Bacalhau da Ilha Terceira
Escalas Obrigatórias (para ajudar, ou saber mais sobre as seguintes causas, clique nos links)
Gatos Abandonados (Monte Brasil)
VIVA - Volunteers for Inter-Valley Animals
Refeições a Bordo