Já há algum tempo que o bloguezi anda meio parado de rimas... Falta de inspiração, falta de motivação e falta de quem me espicaçasse a veia repentista. Mas ontem a madrinha Azoriana, depois de umas merecidas férias, apareceu por estes lados e deixou-me um comentário em jeito de rima:
'Tou aqui, 'tou aqui
Não te abandonei
Simplesmente sumi
E agora é que cheguei.
Uns dias a passear
Outros a dormir
Uns em terra sem nadar
Outros quase a cair.
Último dia amanhã
Das minhas kidas férias
E comprei uma certã
P'ra se fazer coisas sérias.
Sem petiscos e mariscos
Cá estou eu a ver navios
A fazer estes rabiscos
Até me deu arrepios.
Lembrei-me da Joanina
E seu gato de regresso.
A América é coisa fina
Quem me dera ter-lhe acesso.
Beijinhos a todo o vapor
P'ra ti, gato e marido,
O teu verde, por favor,
Já o tens em sentido?!
Azoriana
17 de Julho de 2008
E pronto!! A minha parceira de rima deu o mote e eu fui logo atrás! Pressinto que temos cantoria "armada"...
Aqui d’ "América de cima"
Dou vivas ao teu regressoEstou doida p’ra botar rima
Isto vai ser um sucesso
Estavas muito caladinha
Contigo não quis mexer
Mas sei que és amiga minha
E não me ías esquecer
E eu meia sorrateira
Teu blog tenho espreitado
E vejo que na Terceira
Bastante tens passeado
Acho que fizeste bem
As férias aproveitar
Pois só para o ano que vem
É que as voltas a gozar
Também férias eu tirei
Mais o husband e o gatinho
Ai "drivar" que eu "drivei"
Fiquei toda num molhinho
A América é coisa fina
É uma terra de primeira
Mas aqui a Joanina
Tem saudades da Terceira
Do “verde” está tudo farto
Só me apetece dar berros
Isto mais parece um parto
Daqueles feitos a ferros
Diz-me para que te oiça
Agora neste momento
Já sabes alguma coisa
Daquele “outro documento”?
Joanina
18 de Julho de 2008
As rimas estão de regresso ao "bloguezi"!!
Acordei hoje cedinho
Já temendo o final.
(Há um barulho vizinho
Que me deixa dormir mal.)
Em passando esta tormenta,
Que até é coisa à toa,
A cabeça me rebenta
Porque o nariz não assoa.
Vai tudo vias internas
Até ao fundo de mim;
Cansei um pouco as pernas
E retratei muito, sim!
Faço saldo positivo
Dos dias cá no descanso;
Há sempre algo negativo
Não pode ser tudo manso.
Eu sabia que cá vinhas
Espreitar as minhas bandas
Mesmo sem notícias minhas
Do meu lar tu não desandas.
E tiveste encomendas
Agradáveis por sinal
Lindas são as oferendas
Não te ficam nada mal.
O outro verde 'tá bravo,
E não te resolve nada...
Uma reza bem que cravo
Não fiques desesperada.
Ó minha querida amiga,
Esse "outro documento",
Faz-me doer a barriga
'Inda não foi solto ao vento.
Auguro boa ventania...
Só palavras, por enquanto;
Oxalá que chegue o dia
D'abraçá-lo tanto, tanto!
Temos que ser pacientes,
Levar a vida nas calmas.
O valor das nossas gentes
Merece carinho e palmas.
Um senhor que vive cá,
Até sem me conhecer,
Muito mérito me dá
Pelo que lhe dei a ler.
A minha qu'rida Serreta,
Que sempre teve um farol,
Também é outra que decreta
Que um dia eu veja o sol.
Este Sol que me raiou,
Em dias de nostalgia,
Foi no verso que brilhou
O prazer da cantoria.
Mário Pereira da Costa,
Em Peabody, emigrante,
Um autor que também gosta
Deste cantar cativante.
Do seu livro te falei,
E já li segunda vez,
Algumas notas tirei,
Foram todas neste mês.
E que fique registado,
Que esse livro foi mote,
Para ter iniciado
O contacto de bom dote.
O dote que vem do céu
P'ra gente que faz o bem:
O facto dele ser ilhéu
Dá-lhe mais força também.
Sempre quero agradecer
Aos 'amores' cá da terra;
Teu nome também vais ver
Se "o tal" descer a serra.
Beijinhos
Rosa Maria
De
Joanina a 18 de Julho de 2008 às 18:46
Como eu já calculava
Armou-se uma cantoria
Melra Preta chilrreava
E a Cagarra assobia
De manhã logo cedinho
Não me sai a rima certa
Mas bebi um cafezinho
E já estou mais desperta
Muito tenho a lamentar
Que do nariz estejas mal
Se a coisa piorar
Corre para o hospital
Que a urgência é coisa fina
O povo assim o diz
Dão-te um frasco de aspirina
E uma bomba p’ra o nariz
Encomendas cá chegaram
Vieram numas caixinhas
São coisas que me enviaram
As queridas irmãs minhas
De tudo muito gostei
Mas foi grande o pandemónio
Tal coisa nunca pensei
De pôr ao peito um Anómio
Mas tive outra supresa
Pesada que nem calhau
Já estás a ver com certeza
Que também veio bacalhau
A linguiça é que faltou
Que essa então não porfia
Desta vez se tenteou
Minha mãe e minha tia
Do verde não há sinal
Faz uma reza certeira
É que s’ isto correr mal
Não posso ir à Terceira
Quanto ao outro documento
Na minha fé prevaleces
Vai-te trazer esse vento
A resposta que mereces
Na porta certa tocaste
Em boa hora também
Tuas cartas já lancaste
E vai correr tudo bem
Teu sonho vais realizar
E Aquele lá de cima
Também te vai ajudar
A no papel pores a rima
Bj da Jo
«Melra Preta», cantadeira,
Afinaste bem o pio;
Isto é uma cegueira
P'ra bicar ao desafio.
A Cagarra só fez contas
Em tarde de sexta-feira,
Enquanto em rimas despontas
Tua arte verdadeira.
Se eu soubesse nadar,
No nosso mar da Prainha,
Podes crer ia aspirar
Esta minha "ladainha".
A Urgência do Hospital
Que anda sempre à cunha
Ainda posso ficar mal
Se fizer muita caramunha.
Temos a "Consulta aberta"
Cá no Centro de Saúde,
E quando a coisa aperta
Já é uma grande virtude.
Gostei do atendimento,
Da moça administrativa;
Seu serviço é a contento,
Com sorriso receptiva.
Nada melhor que um sorriso
Para quem está doente,
Há que fazer bom juízo
Do que aparece na frente.
Também os nossos utentes
Devem ser mui cordiais
Mesmo estando doentes
Não deixam de ser leais.
Mudando agora de moda,
E meu verso afinando:
O "Anómio" anda à roda
Do teu peito batucando. :)
Por essa não esperava,
E deixou-me por cá rindo,
Era só o que te faltava
Mas o selo ficou lindo!
Se andas com esse selo...
Bem mer'cia outra ideia:
A "Melra Preta" de pêlo
E Cagarra em lua cheia.
Acho até que o tamanho,
Da t-shirt especial,
Para mim não é estranho
É um "size" tal e qual.
Se o "verde" ficar feito,
E nossa reza ouvida:
Traz esse modelo a jeito
Para te ver à saída.
Imagino no avião,
Toda a gente a olhar.
Trazes rubricas, então,
Nesse belo exemplar.
E se a fé não m'enganar,
Tu virás num tempo bom
Para puderes rubricar
A t-shirt do meu tom.
E vamos pela cidade,
De Angra do Heroísmo,
Muito felizes de verdade
Elevando o simbolismo.
E fora de brincadeira...
Deus te oiça, minha amiga!
E que venhas à Terceira,
Ver no papel a cantiga.
E em par, vou terminar,
Porque assim eu aprendi:
As quadras são como o mar
Num vai-vem também aqui.
Beijinhos
De Kelly Miyako a 19 de Julho de 2008 às 09:26
Olá!! Peço desculpa também pela minha ausência aqui do teu bloguezi, mas é que a escola tem puxado! faço então minhas as rimas a ti dedicadas, porque melhor não poderia ter dito! Tudo pelo bom espero que corra tudo bem contigo e com a tua família!!
Bjos da Raquel
P.S.: Então a análise de despiste de antrax? correu bem? Bjos
Joaninha
Não é que a "nossa" amiga Rosa (Azoriana) esteve ontem cá e casa!
Pois nós somos grandes amigaa, e ela também foi a madrinha do meu blog, e no iníco muito me ajudou.
Gostei dos versos, e tambem vou te fazer uns, que enviarei por Email.
Bom domingo e beijinhos aqui da Ilha Terceira.
Chicailheu
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